É possivel julgar a arte e a cultura objetivamente ou é tudo questão de gosto individual?
Por Adelson Vidal Alves Há entre o senso comum a ideia de que as culturas devem ser tratadas sem hierarquias, que tudo é arte, se assim o "artista" quer que seja. Que canções, peças de teatro e livros devem ser avaliados pelo julgamento subjetivo, ou seja, pelo "gosto" dos indivíduos. Mas será mesmo que não é possível um juízo minimamente objetivo sobre a arte? Se existe, quais os critérios? O filósofo britânico Roger Scruton é um defensor ferrenho da civilização e da cultura ocidental. Em seu livro "A cultura importa" ele defende a Alta cultura e faz críticas ao relativismo cultural. Pela sua visão, há caminhos para se fazer uma crítica da arte. Dois pontos, pelo menos, são destacados. Scruton desqualifca a "arte" que é marcada pela obscenidade. Não só por conta dos seus resultados degenerativos na moral, mas porque esta "arte" tem intrinsecamente algo a ser reprovado (me lembrei das "músicas" de funk onde se destacam o uso