Plano Real: FHC, o estadista. Lula, o cínico
Por Adelson Vidal Alves Ainda na ditadura militar o Brasil entrou em crise econômica, depois de muito exaltar o “milagre” do regime. Paralelo aos problemas financeiros, corria o processo pactuado de transição democrática, que de forma indireta interrompeu o ciclo de presidentes militares elegendo um político moderado com um ex-presidente da ARENA, partido da ditadura, na vice-presidência. Por uma dessas fatalidades da vida, Tancredo Neves não chegou a sequer tomar posse, vindo Sarney, ex-apoiador do regime autoritário, conduzir o primeiro governo civil da redemocratização. Diante do grave quadro econômico, a nova administração apresentou o Plano Cruzado, em 1986, onde foram congelados preços, tarifas e salários. A inflação recuou, mas por pouco tempo, já que com o aumento do consumo sem medidas estruturais austeras, os preços voltaram a subir. A partir das eleições diretas, o Brasil escolheu Fernando Collor de Mello para substituir Sarney, onde foram aplicadas medidas de