Criticar a cultura islâmica rende acusações esdrúxulas de islamofobia

Por Adelson Vidal Alves 

- França, 2020. O professor Samuel Paty, pai de família de 47 anos, foi decapitado por um terrorista islâmico, por mostrar caricaturas do profeta Maomé em uma aula sobre a liberdade de expressão. 

- França, 2015. O jornal satírico francês Charlie Hebdo sofreu um atentado terrorista, resultando em doze pessoas mortas e cinco feridas gravemente. O ataque foi perpetrado pelos irmãos Saïd e Chérif Kouachi, vestidos de preto e armados com fuzis Kalashnikov. O ato abominável foi um protesto contra uma edição do semanário, que foi recebida como insulto pelos muçulmanos.

- Estados Unidos, 2022. O escritor Salman Rushdie,  autor de "Versos Satânicos" se preparava para dar uma palestra no Instituto Chautauqua, no estado de Nova York, quando um homem invadiu o palco e o esfaqueou. Por pouco não o matou. Em 14 de fevereiro de 1989, o aiatolá Ruhollah Khomeini, do Irã, havia publicado uma fatwa, onde pedia a morte do escritor britânico. 

- Estados Unidos, 2001. Um punhado de terroristas muçulmanos sequestraram aviões comerciais que foram usados contra alvos estratégicos americanos. O ato de terror atingiu as Torres Gêmeas do World Trade Center.


Os casos acima têm em comum as motivações de tais atos, isto é, as raízes religiosas que vem do islã. Eu poderia citar dezenas ou centenas de outros casos onde grupos islâmicos promovem barbaridades em nome da fé. Porém, alguém pode questionar: mas é só o islamismo que comete terrorismo? Os cristãos já não cometeram coisas terríveis também? Não seria  islamofobia relacionar o Islão com o terror?

De fato, o cristianismo já cometeu atrocidades no passado. Aa cruzadas, a inquisição, a Noite de São Bartolomeu são alguns exemplos de atos bárbaros cometidos em nome do cristianismo. Mas como bem escreveu Ayaan Hirsi Ali em "Por que agora sou cristã", artigo em que assume sua conversão cristã, "ao contrário do Islã, o Cristianismo ultrapassou a sua fase dogmática". Isso soa verdade na medida em que os países de maioria cristã cultivam democracias e Estados laicos, enquanto nas nações que sofrem interferência, mesmo que mínima, da cultura muculmana, tem enormes dificuldades em conservar sistemas políticos democráticos. Trata-se de um fato incômodo para muitos, mas que não deixa de ser um fato. O islamismo ergueu governos tiranos onde exerce o poder, e isso é inegável.

Ayaan Hirsi é autora de "Herege: Por que o islã precisa de uma reforma imediata". Ela é vítima das maldades da irmandade muçulmana, e defensora ferrenha de reformas no islã. Ali faz uma afirmação importante, a de que o terror e a violência não são deturpações fundamentalistas da religião, mas resultado inevitável dos textos e tradições sagradas do islamismo. Porém, há quem diga que tal conclusão só pode ser "islamofobia", termo esdrúxulo inventado por aqueles que querem anular críticas ao islamismo.  Brendam O'Neill em "O Manifesto herege", bem afirmou: "Somos convencidos, por meio da ameaça de sermos chamados de islamofóbicos e, dessa forma, considerados inadequados para a vida pública, a esconder quaisquer opiniões morais que possamos ter sobre o islã e o governo islâmico". 

Há ainda a baboseira multicultural a colaborar com os horrores da religião islâmica. Ao relativizar práticas que ofendem os direitos humanos, o ativismo multicultural legitima o sexismo e a homofobia presentes nas teocracias muçulmanas. Para tal ativismo, obrigar mulheres a cobrir seu corpo e serem proibidas de estudar e trabalhar é apenas parte de uma cultura diferente. Criticar a hijab, a opressora vestimenta muculmana, seria "um discurso preconceituoso e marcado pela islamofobia", como afirmou a professora Jocelyne Cesari, militante das questões de gênero. 

No entanto, devemos ouvir as iranianas que em 2022 se rebelaram contra o terrível regime iraniano que assassinou a jovem Mahsa Amim. O motivo da prisão e morte de Amim? Uso inadequado do véu. Presa pela polícia moral da ditadura, ela foi torturada e assassinada. Os protestos foram intensos, e de forma esperada, altamente reprimidos. 

A acusação de islamofobia, acampado por setores do progressismo politicamente correto, não tem intenção de separar críticas legítimas de preconceitos contra integrantes de uma fé. O objetivo é cercear falas contra a natureza perigosa de uma religião que já nasceu da violência. Enquanto estudantes podem livremente entoar canções antissemitas em campis universitários, contra o islã ninguém pode falar uma palavra contra. São os tempos onde patrulhas progressistas abençoam o terror e a tirania.

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