Da Suécia a Margaret Thatcher o liberalismo se mostra o melhor caminho

Por Adelson Vidal Alves 

Não precisamos ler "O caminho da servidão" de Friedrich Hayek para saber que a planificação econômica é um desastre. Quando o Estado dita como e quanto as empresas devem produzir, dispensando os mecanismos de mercado, o resultado sempre será escassez de produtos, mesmo que algum tipo de crescimento econômico aconteça temporariamente. A experiência sovietica é uma aula sobre tudo isso. 

Porém, acreditar em leis mágicas e autoregulaforas do mercado também é um equívoco. A aula da história vem da crise de 1929. Nossa preocupação, então, passa ser qual teoria econômica resolverá nossa procura por bem estar social. Keynes ou Smith?

Não há uma única resposta, nem solução universal. Às vezes doses de capitalismo podem salvar o socialismo, como fez a NEP (Nova Política Econômica) a concessão capitalista feita por Lênin na URSS. Às vezes doses de intervenção estatal podem salvar o capitalismo, tal como fez o New Deal de Franklin Roosevelt. 

Me parece, porém, que os liberais levam vantagem quando o assunto é crescimento econômico. Mais mercado e menos Estado é sempre o melhor remédio, ainda que doses estatais sejam necessárias nas crises pontuais que o capitalismo sofre. Apostar em uma economia de viés socialista e com Estados promotores de bem-estar social não tem sido o melhor caminho.

O socialismo soviético morreu, mas há quem recicle os ideais de igualdade e proteção social buscando experiências fora da cortina de ferro. Do leninismo para a Escandinávia. Mas seria o socialismo escandinavo a sociedade perfeita?

Tomemos como exemplo a Suécia, como bem fez Rainer Zitelmann, em "O capitalismo não é o problema. É a solução". Zitelmann fala em uma "fase socialista" sueca e uma fase "pós-socialista". No primeiro momento a diretriz governamental se deu através de um Estado altamente grande e interventor. Muito serviço público e pouco mercado. O Estado de Bem-estar social, aliado ao sindicalismo, promoveu altas doses de benefício aos cidadãos suecos. Seguro desemprego estendido, programas sociais aos desempregados, licenças longas do trabalho por problemas de saúde. 

Mas, sabemos, não existe mágica em economia. Ou como disse alguem: "não existe almoço gratis". O Estado de bem estar social só pode ser sustentado com altíssimas cargas tributárias, como fez a Suécia. De artistas a milionários, a população ativa sueca pagava caro pela manutenção de empregos no setor público e igualitarismo econômico. Depois de uma euforia inicial, veio o descontentamento. Hoje a Suécia mantém um forte sistema tributário, com amplo programas de assistência. Mas o país foi obrigado a reverter seus rumos para uma direção pró-mercado. A nação escandinava está hoje entre as que mais garantem liberdade econômica. 

O livre mercado ainda tem outro grande testemunho histórico a seu favor. Falo de Margarete Thatcher, a Dama de Ferro. 

No Reino Unido, a intervenção estatal e o alto poder corporativo dos sindicatos acabou em uma economia em frangalhos. Greves e regulamentação marcaram a realidade dos ingleses até a chegada de Thatcher. Sua fórmula era polêmica: mais capitalismo e livre mercado e menos pressão sindical. Pessoalmente, discordo dos mecanismos autoritários usados pela então primeira-ministra. Mas a promessa de Thatcher era de soluções econômicas pela liberdade de mercado, não de uma liberdade democrática propriamente dita. Com menos pressão sindical e mais mercado, a Inglaterra "neoliberal" fez tanto sucesso que a solução foi exportada para vários países. 

Na Suécia, o sucesso econômico se ampara em outros aspectos. O país tem uma boa unidade étnica, o que reduz as chances de conflito. Além disso, a ética do trabalho está presente no coração cultural da Escandinávia. A cultura fomenta sucessos econômicos, tal como podemos ver, ainda, em países como a Coreia do Sul, onde o apego à educação fez os coreanos do Sul, prósperos. 

O bem-estar social não é fruto de Estados fabricadores de felicidade. Modelos intervencionistas fracassaram pelo peso que cobram. O liberalismo é mais eficiente, pois o mercado é sempre melhor na construção de riqueza, ainda que fomente desigualdades nem sempre saudáveis.

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