Por Adelson Vidal Alves "Impressiona como não temos a mais vaga ideia de toda a magnitude do tráfico de escravos brancos europeus; e o pior é que que isso estava acontecendo ao mesmo tempo em que ocorria o comércio de escravos africanos, para o qual foram direcionados muito mais estudos sérios", escreveu Robert C. Davis em "Escravos cristãos, senhores muçulmanos: Escravidão branca no mediterrâneo, na Costa da Berbéria e na Itália, de 1500 a 1800". O livro é um raro esforço de demonstração da relevância história da escravidão branca, ignorada por grande parte dos historiadores. A escravidão, sabemos, é parte integrante da história da humanidade. Ela aconteceu na Antiguidade greco-romana, no Egito antigo, nos impérios pré-colombianos da América, na África negra e nas colônias europeias. Escravizar humanos é sempre bárbaro, e a crueldade do cativeiro atingiu todos os povos do planeta. Mas estranha como a energia da historiografia contemporânea se concentre quase que
Por Adelson Vidal Alves Carl Friedrich Philipp von Martius publicou "Como se deve escrever a história do Brasil". Nasce aqui os primeiros esforços de se construir uma historiografia oficial brasileira. É no IHGB (Instituto Geográfico e Histórico Brasileiro) que se hospedará a produção institucional da nossa história, onde se destacará o nome de Francisco Adolfo de Varnhagen. Estrangeiros e descendentes de estrangeiros são os primeiros responsáveis por contar a realidade histórica do Brasil. Varnhagen concentra sua narrativa em torno do trono, a monarquia como elemento de unidade nacional. Também se pensava em um futuro branco para o país. No IHGB residiu, ainda, uma leitura romântica indianista, aos moldes rousseaunianos. Sabemos das deficiência técnicas da produção historiográfica de Francisco Adolfo de Varnhagen, que escreveu meio que por encomenda, a partir de suas convicções, sem apego ao rigor científico. Mesmo assim, veio dele o norte que influenciou o trabalho histo
Por Adelson Vidal Alves Como já noticiado por este blog, a Vila Americana irá passar por um processo eleitoral. O bairro irá eleger seus representantes na Associação de moradores. Eu votarei na Chapa 2 e explico por que. Primeiro porque sou democrata. Os democratas são intransigentes na defesa da alternância do poder. Quando o poder se concentra nas mãos de um único grupo ou pessoa temos uma ditadura, no mínimo uma situação autoritária. Votar pelo revezamento em qualquer gestão é oxigenar o espírito democrático. Não votarei para que uma única pessoa tome conta do bairro eternamente. Segundo: não posso dar meu voto a quem administrou por anos a associação de moradores de forma ilegal. Sim, quando uma gestão acaba e ela não é renovada pelo legítimo processo democrático temos uma situação de ilegalidade e ilegitimidade. Na prática, a Vila Americana não tem representatividade há anos. Terceiro: o presidente de uma Associação de moradores precisa ser independente. A Vila Americana por
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