Meus colunistas favoritos
Por Adelson Vidal Alves
Gosto de ler artigos de opinião, mas sou seletivo. Evito os fanáticos e escritores de encomenda. Desprezo os bajuladores e militantes, prezo pela opinião corajosa, embasada e também pela beleza de uma boa crônica. Cito aqui os colunistas que mais aprecio.
João Pereira Coutinho é um debochado e irônico escritor português. Conservador de carteirinha, seus textos não respiram moralismo fundamentalista, ao contrário, demonstram uma erudição laica absurda.
Luiz Felipe Pondé une conhecimento e filosofia maldita com seu enorme prazer em provocar. Seu tom pessimista me fascina. Na filosofia conservadora também gosto de Denis Rosenfeld, que é bem mais formal que Pondé, tendo uma coerência intelectual impecável.
Ruy Castro é aquele colunista que te faz desejar que o artigo não acabe, tamanho é o prazer da leitura de seus textos, que abordam de política a futebol. Antonio Prata é meu cronista favorito. Quando o leio rola aquela inveja de não poder escrever como ele.
Demétrio Magnoli é minha enciclopédia geopolítica. Seus artigos corajosos fazem a esquerda sectária espumar de raiva, usando de análises rigorosas e sem paixão. Luiz Sérgio Henriques escreve de política e história de forma sofisticada, talento que divide com Luiz Werneck Vianna. E Celso Rocha de Barros fala pela esquerda moderada com uma lucidez incrível.
Lygia Maria é desafiadora, objetiva em suas posições, sem no entanto cair no simplismo. Vera Magalhães tem os bastidores da política e uma alta capacidade de formular opiniões equilibradas sem ser vazia.
Muniz Sodré e Wilson Gomes formam uma dupla que passeia com respeito em todos os espectros políticos, desfilando conhecimento cultural e erudição acadêmica.
Em economia nada como o requinte teórico de Marcos Lisboa e Samuel Pessoa, assim como o didatismo de Miriam Leitão. É o time que agrada a liberais na economia, como eu.
No futebol, o cara se chama Tostão. Inteligente quando jogava, inteligente quando escreve.
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