Censura de Léo Lins revela o cinismo da esquerda totalitária


Por Adelson Vidal 

Um humorista foi censurado, seu show está proibido e ele teve sua circulação restrita. Seu material foi apagado das redes sociais. Não, o caso aqui não aconteceu na Coreia do Norte ou em Cuba. Também não é uma história dos tempos da Alemanha nazista, ainda que isso aconteça e tenha acontecido nesses países. O caso é brasileiro, em pleno século XXI. O artista Léo Lins, por piadas com minorias, está proibido de vender seu peixe, em nome da moral e dos bons costumes do politicamente correto. 

Há quem aplauda essa indecência ilegal e autoritária. Frear liberdades seria necessário a fim de proteger minorias da ofensa e do sofrimento. Já escrevi aqui sobre o safe space, a ideia de que se faz necessário criar ambientes seguros para os oprimidos. Em nome de reparações históricas, cercam adultos com proteções infantilizadoras. Léo Lins foi para a fogueira por supostamente trazer ofensas a grupos prejudicados. Sua piada passa a ser ilegal, coisa que jamais aconteceu quando o alvo era loiras e portugueses burros ou padres pedófilos. Aqui tá valendo, afinal, está liberando caluniar o opressor. 

A esquerda totalitária é aquela que se diz defensora dos pobres e ofendidos acima de qualquer coisa. Fazem do Estado um esmagador de direitos individuais, e nada veem de problema nisso. A liberdade deve se curvar ao seu cânone moral, e quem reclama só pode ser racista, homofóbico, misógino, capacitista, etarista e por aí vai. 

Claro que a liberdade de expressão não é absoluta. Quando uma pessoa é atingida em sua honra tem mecanismos legais para se defender e punir ao agressor. Censura prévia contra um show de humor politicamente incorreto é outra coisa. Piadas geralmente se dão com estereótipos, e é normal o riso se dar em cima de um grupo. Mas a visão totalitária careta de progressistas paranóicos quer uma higiene nos palcos, na vida, na política e na religião. É o projeto cínico da esquerda totalitária pós-moderma. A democracia está em perigo. 


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